Após mergulhar num mundo
sombrio cercado por assassinos e traidores, Birman Flint depara-se com uma
estranha verdade em torno de um antigo legado transformado numa maldição. A busca pelo misterioso artefato conhecido como Ra´s ah Amnui pode ser a
resposta para a conspiração em torno do Czar Gatus Ronromanovich e sua família,
conduzindo Flint por caminhos obscuros muito além da sua própria compreensão.
Um artefato, uma estranha seita e um assassinato, todos eles interligados por algo que parece representar a chave deste misterioso enigma. Uma jóia, um objeto de rara beleza ocultando em si um passado sombrio, lançando nosso herói numa corrida contra o tempo para salvar a dinastia Ronromanovich do desastre iminente.
Ano: 2015 // Páginas: 383 // Editora: Chiado Editora
Após o assassinato de Karpof
Mundongovigh Karpof, é certo que algo está sendo tramado contra o Czar e sua
família. Em seus últimos momentos de vida Karpof deixa uma pista de seu
assassino desenhada com seu próprio sangue, uma cobra envolvendo o símbolo
máximo do Conselho Imperial. O repórter Birman Flint sente o cheiro de conspiração
e junto com investigador Ponterroaux vai em buscar de pistas que possam
desfazer essa teia de mistérios.
Com personagens diferentes do
convencional e uma literatura com ar de film noir Sérgio
Rossoni cria uma trama cheia de suspenses onde todos transpiram culpa... ou
não. Os personagens são o grande trunfo dessa história, são tão reais e que
muitas vezes esquecia que quem estava ali era um gato, rato, galo ou o quer que
seja, o autor conseguiu misturar os personagens animais com o clima policial de
forma criativa e até mesmo real.
Infelizmente nem tudo são
flores e acabei demorando muito tempo para finalizar a leitura, alguns trechos
tem descrições em excesso, e em muitos momentos me perguntei qual a necessidade
do parágrafo X e daquela cena Y. Por mais que tenha gostado da ideia central do
livro e de todo mistério que o autor introduziu senti que faltou “algo” que me
segurasse na leitura, que realmente prendesse minha atenção.
A diagramação do livro é
muito linda principalmente a capa que me conquistou já de início. O livro é
para o público mais jovem e isso me fez pensar que a narrativa arrastada pode
ser um ponto negativo, uma vez que mesmo acostumada com leituras pesadas fiquei
cansada, principalmente em alguns trechos que a meu ver não contribuíam para o
desenrolar da história e sim para encher páginas. Senti falta de um clima mais dinâmico
e objetivo, acho que isso é efeito do já citado clima film noir, mesmo assim
pretendo ler a continuação. Um ponto que para mim merece nota mil é a história
da dinastia Ronromanovich, a ideia do mirabolante Código Uruk e todo o
misticismo dos Sulk. Acredito no potencial dessa história e como minha
curiosidade fala mais alto espero poder ler a continuação.